Quem me dera ser gaivota e percorrer os céus de Lisboa. Nas asas levar a imensidão azul do Atlântico e percorrer em voo ziguezagueado as margens serpenteadas do Tejo. Quem me dera ser gaivota e fazer o meu ninho junto à costa. Acordar pela manhã com os salpicos de água salgada e repousar nas fortalezas de pedra que emergem das profundezas do oceano.
Quem me dera ser gaivota e voar livremente pelos ares. Ser cinzenta como o dia de hoje e, nas noites mais escuras, debicar nas estrelas os meus sonhos depositados.



