sexta-feira, 23 de maio de 2008

Da minha janela para a tua

Da minha janela para a tua corre um rio que nos separa. As suas águas são profundas e correm permanentemente à velocidade do tempo que nos rodeia. As suas águas são tão escuras quanto os nossos corações. É impossível encontrar-mo-nos no meio de tanta escuridão e, apenas com a chegada do calor, tempo em que o rio apazigua as suas águas ferozes, só aí nos pertencemos.

Da minha janela para a tua mil sonhos e pensamentos navegam pelo espaço. Pedaços do meu coração que lutam e insistem em chegar à tua cabeceira.

Da minha janela para a tua há um mundo a rodopiar, repleto de cores e sinfonias, repleto de perfumes e essências de tudo aquilo que é teu e não te pertence.

Da minha janela para a tua há um rio a transbordar...

1 comentário:

Cristina disse...

Texto muito bonito!
Escreves com muito sentimento.