sábado, 6 de dezembro de 2008
Em fogo lento ...
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
Nós e a cidade
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
Pecados...
terça-feira, 4 de novembro de 2008
Entre olhares
Teus olhos te denunciam. Meus olhos te desejam. Tuas mãos irrequietas fazem promessas de amor. Minhas mãos despertas desfazem-se sem qualquer pudor. Não, não precisas de dizer nada. Sei de cor o que sentes e o que esperas. Ambos conhecemos o caminho que percorremos. Sabemos que vamos descarrilar...
sábado, 1 de novembro de 2008
Aconteceu - Ana Moura
E tu não me procuravas nem sabias quem eu era
Eu estava ali só porque tinha que estar
E tu chegaste porque tinhas de chegar
Olhei p'ra ti, o mundo inteiro parou
Nesse instante a minha vida
A minha vida mudou
Tudo era para ser eterno e tu para sempre meu
Onde foi que nos perdemos, o que foi que aconteceu
Aconteceu... chama-lhe sorte ou azar
Eu não estava à tua espera e tu voltaste a passar
Nunca senti bater o meu coração
Como senti ao sentir a tua mão
Na tua boca o tempo voltou atrás
E se fui louca, essa loucura
Essa loucura foi pouca
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Onde quer que estejas
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Que me importa...
Que me importa que chova e arrefeça
Que me importa se naufragar
Sou o dono do Mundo
Sou o Vento a sufocar
Sou o trovão que ruge
Sou o mar a praguejar
Sou a mão que te aconchega
Na escuridão do luar
Que me importa que viva ou que morra
Que me importa se acabar
sábado, 11 de outubro de 2008
Seremos...
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
Pequenos prazeres
Ah! Saboroso cigarro! Adoro esses pequenos instantes que passas comigo...
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
A espuma
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
segunda-feira, 28 de julho de 2008
Mar
Prometido é devido...
sexta-feira, 4 de julho de 2008
Renascer
quarta-feira, 2 de julho de 2008
Gostos ...
sexta-feira, 27 de junho de 2008
Bailarina
quarta-feira, 18 de junho de 2008
Palavras em remoinho
E às vezes fechamos os nossos pensamentos e demónios a sete chaves, e as sete chaves guardamos na mão. Fechamos os olhos para a Vida e fechamos a porta do coração. Fechamos as mãos que vão dadas, pelos caminhos, em solidão. Fechamos tudo e todos no nosso mundo de ilusão...
terça-feira, 3 de junho de 2008
Si longtemps...
segunda-feira, 2 de junho de 2008
São de silêncio as palavras que te digo
quinta-feira, 29 de maio de 2008
Imperadores do Amor
O Sol espreita à janela. As roupas continuam perdidas pelo chão. Os lençóis escondem dois corpos e os nossos braços continuam entrelaçados. O nosso respirar já não é ofegante, mas distante, cansado. E o Amanhã acabou de chegar à nossa janela. Abro os olhos lentamente. Olho para o relógio da cabeceira. Não estou pronta para acolher o novo dia, mas, assim tem de ser. Ele continua a dormir, perdido nos meus braços de mulher. Perdido por mim. Tem a cabeça repousada sobre o meu peito e descansa. Ele continua a dormir. Lentamente, levanto-me, sem o perturbar. Levanto-me e olho-me ao espelho. Nua. Nua para a vida. Nua, mas decidida. Sei que não sou a mesma de ontem à noite. Sei que estou consciente de tudo o que fiz e senti. Sei que estou livre. Recolho, peça a peça, a minha roupa espalhada pelo chão. Sento-me no pequeno sofá encostado num canto do quarto. Respiro fundo e começo a vestir-me, sem fazer barulho, para não o acordar. Levanto-me, procuro a minha bolsa, tiro um papel e uma caneta e escrevo. Coloco o bilhete na mesinha da sua cabeceira e decido ir-me embora. Caminho para a porta e agarro o puxador com força, com tanta força. Respiro fundo,respiro coragem. Rodo o puxador, abro a porta, saio e fecho a porta atrás de mim. Fecho a porta que tanto anseio por abrir de par a par, a porta do meu coração.
Ele continua a dormir. O Sol espreitou pela janela e já entrou no quarto sem pedir licença. Ele acorda. Sabe que está sozinho, pois ouviu a porta a fechar-se quando ela se foi embora. Lê o bilhete e sorri. Levanta-se e vai tomar banho. Depois de estar algum tempo debaixo da água corrente, pensa nela. E pergunta-se se será sempre assim... Enxuga-se na toalha branca de hotel. Apercebe-se que terá de vestir a roupa do dia anterior e faz uma careta. Apanha a sua camisa branca do chão e começa a vestir-se. Quando termina, abre a porta e sai.
Depois do almoço, dona Albertina, camareira há dez anos no hotel, entra no quarto 311 para fazer o seu trabalho. Olha ao seu redor e pensa que vai ser um quarto fácil de arrumar. Começa por trocar os lençóis e, no meio da brancura do tecido, surge um pedaço de papel. Curiosa como é, lê o rascunho. Quando acaba, senta-se na cama e chora. Pois é, dona Albertina, o que tem de curiosidade, também tem de romantismo!
sexta-feira, 23 de maio de 2008
Da minha janela para a tua
Da minha janela para a tua corre um rio que nos separa. As suas águas são profundas e correm permanentemente à velocidade do tempo que nos rodeia. As suas águas são tão escuras quanto os nossos corações. É impossível encontrar-mo-nos no meio de tanta escuridão e, apenas com a chegada do calor, tempo em que o rio apazigua as suas águas ferozes, só aí nos pertencemos.
Da minha janela para a tua mil sonhos e pensamentos navegam pelo espaço. Pedaços do meu coração que lutam e insistem em chegar à tua cabeceira.
Da minha janela para a tua há um mundo a rodopiar, repleto de cores e sinfonias, repleto de perfumes e essências de tudo aquilo que é teu e não te pertence.
Da minha janela para a tua há um rio a transbordar...
quinta-feira, 1 de maio de 2008
A corrupção do tempo
O tempo. O tempo corrompe a nossa vida, feito brisa matinal que se desfaz perante os nossos olhos. Será que o tempo te corrompeu a ti... Será que te esqueces-te de mim, de nós, de tudo o que fizemos, sentimos e vivemos? A ti que disseste que serias eterno... A ti que fizeste promessas de amor... A ti que, afinal, és tão mortal quanto eu!
O tempo. O tempo tem destas coisas... vai passando, dia após dia, meses e anos, que são como oceanos intemporais e, no entanto, tão finitos...
O tempo.O tempo é tão perturbador... Passarei a minha vida pensando em ti; por onde andas, que fazes, com quem estás... incógnitas que me atormentam... respostas que teimam em não aparecer... Como um barco vazio... é assim que me sinto... leve... leve ... num temporal...
Só por hoje ...
Só por hoje ... Te deixarei pegar na minha mão... só por hoje serei tua... só por hoje...
Só por hoje poderemos estar juntos... completos. Partilhando momentos e tempos reais como os nossos sentimentos... como os nossos olhares cumplices, penetrantes, indefesos no mundo... contra o mundo... contra nós...
Só por hoje deixarei as minhas dúvidas à porta do quarto. Só por hoje deixarei cair a minha roupa por terra. Só por hoje te deixarei olhar para mim, inocente... Só por hoje te beijarei com calor. Só por hoje me entregarei a ti e a este sentimento. Só por hoje e nunca mais ...